terça-feira, 8 de junho de 2010

Modelo Transmunicipal de Desenvolvimento na Região de Paulo Afonso



A Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Submédio e Baixo São Francisco será modelada pelo complexo energético da Chesf (foto), repetindo o que aconteceu no Médio São Francisco com a Ride Juazeiro (BA) – Petrolina (PE).

Um modelo transmunicipal de desenvolvimento integrado no Submédio e Baixo São Francisco contemplará as convergências ignoradas pelas quatro fronteiras estaduais, aproveitando as potencialidades nascidas das identificações culturais, sociais, econômicas, e até geográficas, mais fortes para municípios no entorno das usinas da Chesf do que as aleatórias consequências do ajuntamento político de porções federativas da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O resultado mais visível dessa arrumação sem critérios foi o surgimento de um subnordeste com maior taxa de abandono do conjunto regional, cada vez mais desregionalizado e desinstitucionalizado pelo centralismo federal e coronelístico.
Este modelo de integração facilitador de soluções para os problemas de saúde, saneamento, educação e segurança contribuirá ainda para desestimular tendências separatistas, fortes, por exemplo, nos municípios baianos limítrofes com Sergipe, sobretudo em Pedro Alexandre e Coronel João Sá, mas extensivas a Jeremoabo, Santa Brígida, Sítio do Quinto, Paripiranga, e assim por diante. Nesta área, até as chuvas chegam pelo lado sergipano e, não raro, por lá mesmo ficam.
Além dessa emblemática particularidade climática, pelo menos em Pedro Alexandre há um fato bem indicativo das suas ligações com o vizinho estado: é caso excepcional o registro de criança com nascimento no município pois as mães são transportadas até as maternidades de Carira ou Itabaiana e os filhos nascem sergipanos e não baianos.

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