terça-feira, 9 de março de 2010

Feminismo cangaceiro faz de Maria “Bonita Lampião”

(Este texto,ilustrado com foto de Gilmar Santos, foi enviado para o jornal A Tarde.
Sobre o assunto, postarei neste blog o que penso sobre o cangaceirismo, tema sobre o qual escrevi ensaio ainda quando aluno da Faculdade Católica de Filosofia de Aracaju).

CAMPUS VIII com Maria Bonita e Lampião

O II Seminário Internacional do Centenário de Maria Bonita foi aberto, último dia 8, no Campus VIII da UNEB em Paulo Afonso, com a mostra de fotografias, armas, utensílios e apetrechos usados por cangaceiros e soldados durante o ciclo do cangaço, além de livros, revistas e jornais que o documentaram. A coincidência de a data marcar o Dia Internacional da Mulher tem sido muito destacada pelos promotores do evento, com forte apelo ao feminismo e ajuda a estratégia de reforçar, com as celebrações do centenário a ser comemorado em 2011, a autonomia da personagem Maria Bonita no universo da cultura cangaceira.
Esta tendência se manifesta, por exemplo, no trabalho de José Antonio Souza e Renata Melo, respectivamente com poema dramático musicado e uma peça de teatro-dança, esta sugestivamente denominada Bonita Lampião, enfatizando “a relação amorosa entre os dois cangaceiros, a partir do ponto de vista de Maria Bonita”.
A cerimônia da abertura oficial teve a presença do diretor da UNEB-Campus VIII, Juracy Marques; secretário de Turismo do município, Jânio Soares, representando o prefeito Anilton Bastos, escritor João de Souza Lima, coordenador do evento, além do presidente da Sociedade Brasileira de Estudo do Cangaço, Ângelo Osmiro; Manoel Severo, do Cariri do Cangaço e escritores regionais, dentre eles Antonio Vilela, Antonio Galdino, Edson Barreto e Rubervânio Lima.
Aconteceu também o lançamento de dois livros: “Maria Bonita – diferentes contextos que envolvem a vida da Rainha do Cangaço”, organizado por João de Souza Lima e Juracy Marques; e “Lampiões Acesos”, de Marcos Edilson. Apresentaram-se os violeiros Ceará e Poetinha de Cristo e o Grupo de Cangaceiros de Paulo Afonso.
O II Seminário continuou ontem e prossegue hoje, com visitas à exposição e exibição de filmes seguida de debates sobre A Estética de Maria Bonita e Diferentes Contextos que envolvem a Vida da Rainha do Cangaço.

4 comentários:

Cian disse...

Caro Clementino,

Já ta mais que ultrapassado o cenerio comico que rodeia a "pseudo-intectualidade" em Paulo Afonso.

Tal evento bem serve de "recibo" para comprovar a estagnação da cultura local, capitaneada por estes desocupados, listados em seu 'post'.

Ja tive o "desprazer" de conviver com alguns destes 'ilustres' e, por isso resolvi expressar aqui minha revolta.

Não desconheço a importancia historica do "cangaço" na cultura nordestina mas, esse tipo de 'apologia' alcançou picos que desafiam os mais entusiastas do crime organizado.

( “a relação amorosa entre os dois cangaceiros, a partir do ponto de vista de Maria Bonita”)

(“Maria Bonita – diferentes contextos que envolvem a vida da Rainha do Cangaço”)

("...debates sobre A Estética de Maria Bonita e Diferentes Contextos que envolvem a Vida da Rainha do Cangaço.')

É abusar da "falta do que fazer" !!

Não é de se estranhar a "não citação" de ' Frederico Pernambucano de Melo', o unico autor que tratou com seriedade o referido tema no Brasil, neste tipo de evento.

Certamente ele jamais apoiaria tal absurdo.

Porem, o que mais me entristece é ver a UNEB vinculada a este tipo de coisa que, so encontrou arrego naquele lugar, por ter a frente um diretor tão incapacitado. Exemplo maior de que 'titulo academico' não faz de um homem, uma grande pessoa.

Abraços.

João de Sousa Lima disse...

Cian,
você é um babaca de primeiríssima qualidade, sem antes falar que é um tremendo mentiroso quando fala que "teve o desprazer de conviver com alguns desses ilustres". Você deve ser mais um dos covardes escondido atrás de uma máscara fictícia, mentindo seu nome ou realmente é imbecil em dizer que conviveu com pessoas que são ali citadas. Em meu quadro de amigos não cabe tão estranho personagem, inclusive gente de sua qualidade, com tamanha revolta e ardor no coração deve ter sido molestado quando criança, ficando um trauma irreparável.
o meu amigo frederico Pernambucano de Mello não foi o único escritor a tratar o asssunto cangaço com seriedade, essa é mais uma prova que você nada entende do assunto, nem tão pouco sabe o que diz, apenas tentou ferir alguns que fazem trabalhos sérios e valorizam a raizes culturais de um povo.
a questão não é discutir quem foi heroi ou bandido, para quem estudou ou leu apenas um pouco da nossa história sabe que esse é um discurso ultrapassado, a questão não é essa.
você deve ser mais um daqueles que leu Lacan, Marx e infinitas baboseiras e acha-se dono de toda razão do mundo. Saiba que você não passa de mais uma cadela presa a coleira da imbecilidade, jovem inocente, besta, tolo, que acha essas teorias mal fadadas como ensinamentos e lição de vida.

se algum dia você sair desse seu guarto escuro e da sua obscuridade, venha para o sertão e diante dos sertanejos, diga pra eles que a história deles é uma coisa relegada ao abandono e ao esquecimento. Fale pra eles que os fatos acontecidos no sertão não merecem um registro histórico.
Enter na instituição UNEB e abra sua boca para discutir que esse é um tema que você (que deve ser juiz ou padre e nasceu para julgar) não gostaria de ver sendo trabalhado e levado ao conhecimento dos que estudam a historiografia de um Brasil ainda atrasado.
uma dúvida: seu nome é Cian?
você já ouviu falar em um ling mundial de pesquisa chamado GOOGLE? Se já eu gostaria de você colocasse lá na janela de pesquisa o nome: João de Sousa Lima e depois gostaria que você colocasse CIAN. (se você não tiver prática peça ajuda a algum amigo)
você vai ter uma surpresa tão grande que eu duvido que você encontre a porta de saida do seu cubículo imundo e fedido.

José Mendes Pereira disse...

Amigo Cian:

Não querendo me meter na sua discordância em relação ao que você diz, mas suas palavras foram ferinas e absurdas, não só para os que você afirma que teve o desprazer de conviver com alguns destes ilustres e, por isso resolveu expressar a sua revolta, mas feriu até nós que somos estudantes do cangaço. Todos nós temos o direito de discordar algo. Mas isso se faz com diplomacia, respeito, sem ferir as pessoas, pois o lado bom da vida, é se ter: em primeiro lugar, amigos, em segundo, amigos e em... O tema cangaço jamais ficará adormecido, pois é um dos que até hoje continua vivo e estudado por muitos brasileiros. Ele vem desde o cangaceiro José Gomes. Ele não surgir por acaso, foi interesse de muitos escritores e pesquisadores que continuam procurando informações com fundamentos. Se você acompanhar os bons trabalhos que são feitos por estes escritores da literatura lampiônica, citando alguns como: Alcindo, Ivanildo, Juliana, capitão Bonessi, Kiko, Severo, Ormiro, Gastão, Kildemir, Romero, Vicelmo, Leandro, Alex Gurgel, GMaia, Raibrito, Frederico Pernambucano, João de Sousa Lima e outros e outros (o meu direito de caracteres estão se esgotando), é quase certo que você voltará atrás e com certeza vai chegar a dizer a todos aqueles que você teve o desprazer de conviver, não se humilhando aos que você não citou os nomes, é claro, mas chegará a dizer que o que disse foi força de expressão, pois ficou empolgado tanto que no momento empregou palavras que não deveria ter citado. O João de Sousa Lima tem razão. Cian medite bem e depois faça uma correção, e peça desculpa aos demais feridos. Você não estará se humilhando. O grande grupo de amigos que estudam o cangaço necessita de um homem assim, que ainda não conhece a literatura lampiônica. Espero que você não entenda isso como desaforo. Eu estou te convidando para fazer parte deste fantástico mundo que é estudar o cangaço. Acesse os blogs que falam no cangaço..., e você verá o que há de melhor. Não crie desavenças, crie amizades e mais nada.

José Mendes Pereira – Mossoró-Rn.

José Mendes Pereira disse...

Jornalista Clementino Heitor de Carvalho:
Faça um passeio pelo meu blog e leia: João Maleável goza licença especial - João Maleável prepara-se para passar férias na Escócia - AS QUATRO FASES DO BICHO HOMEM, e depois faça um comentário. Aguardo.
José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.