Os resultados das eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado nos passam a sensação de sermos um país que quanto mais caminha mais anda para trás.
Acompanhei, pela Agência Senado, os diversos episódios que culminaram na volta de José Sarney e de Michel Temer às presidências das duas Casas do Congresso, agora controladas pelo PMDB, do alto dos seus cinco Ministérios e nada desprezíveis penduricalhos. Devo fazer uma confissão. Ouvi atento, e portanto com sacrifício, os discursos de Sarney e Tião Viana como candidatos. Pelo que souberam dizer e como disseram, se eu fosse senador, teria votado no primeiro. E olhe que Tião é um dos raros petistas digeríveis, em última instância.
Nada acontece por acaso. O Brasil está andando para trás porque está sem frente. O pior, e bote pior nisso, é que, com Sarney, voltou também Renan Calheiros. E como líder do PMDB. De garupa, no cavalo (de Tróia?). Não é preciso dizer mais nada. O tempo é mesmo de andar para trás. Quase parando.
Igreja São Pedro
Se Brasília nos oferece cenário tão desanimador, imagine-se o que se passa nos legislativos de estados e municípios, exibindo a mesma vocação de mediocridade. Repetição, aliás, do padrão de executivos que sentem vergonha de eficiência. As exceções confirmam a regra e acordam em nossa memória o Até quando (Quousque tandem) de Cícero, vergastando Catilina, Um até quando sem eco e uma indagação sem resposta ante o magote de Catilinas.
Interromperei por uns dias, e até quando também indefinido, este blog. Restam-me alguns barris do combustível entusiasmo e reservas do lubrificante fé (na democracia). Vou guardá-los em local seguro para uso no Santa Brígida 6 de Março. Se Deus quiser.
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