Posto este comentário em meio às notícias de que as ações da Petrobrás desabaram, levando a Bovespa à forte baixa de 6,45%, com recuo de 13,2% em cinco dias, e o dólar ao salto de 2,67%, com seu maior fechamento em mais de três anos, acumulando valorização de 8,4%. Tudo isso na sexta-feira, 21, em que A Tarde deu em manchete de primeira página: “Bahia perde 6,4 mil empregos”, além de divulgar os efeitos da desaceleração no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.
Presidente do Senado devolve a MP da Pilantropia
O cenário eleitoral de 2010 transparece ainda no que foi divulgado na véspera: O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), desafiou o presidente Lula com o gesto inusitado de devolver a Medida Provisória 446, batizada de “MP da Pilantropia”, por renovar certificado de entidades filantrópicas suspeitas de irregularidades. Decisão semelhante, segundo O Globo, só aconteceu em 1989, mas, à época, a devolução foi cancelada pelo próprio Senado. E agora, não por acaso, a oposição tenta reavivar a CPI das Ongs, incluídas filantrópicas de ficha suja.
Paim: “É questão de honra”
Outro prenúncio é o enfraquecimento das lideranças do governo no Congresso, ante ensaios de rebeldia na base aliada, favorecidos pela disputa das presidências da Câmara Federal e do Senado e por outras questões, entre elas aumentos de espaços na administração. O senador Paulo Paim (PT-RS), por exemplo, insiste: “Fim do fator previdenciário é questão de honra para o povo brasileiro”. E liderou a vigília – que deverá se repetir – em favor dos reajustes das aposentadorias e pensões vinculados aos ganhos anuais embutidos no salário mínimo, sob ataques do ministro da Previdência Social, José Pimentel, do PT cearense.
Externamente, além dos problemas gerados pela recessão mundial, o Brasil sente as conseqüências de uma diplomacia acovardada, o que enseja atitudes como a do governo equatoriano, ao entrar com pedido junto à Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio para suspender o pagamento da divida para financiamento da hidrelétrica de São Francisco junto ao BNDES, após expulsar a empresa brasileira Norberto Odebrecht, que a construiu. Do Paraguai, da Bolívia e de outros países, o Brasil virou um verdadeiro saco de pancadas. De quebra, o Conselho de Inteligência do governo americano prevê a consolidação da China e da Índia como as novas potências mundiais, até 2020, deixando o Brasil para trás, junto com Indonésia, Rússia e África do Sul, se é que isso serve de consolo.
E o presidente Lula continua posando de estadista no seu luxuoso Airbus de 35 milhões de dólares em viagens que nada rendem, exceto a satisfação das vaidades do filho de Caetés!
Oposição ensaia primeiros movimentos para 2010
Enquanto isso, a oposição ensaia primeiros movimentos no rumo da sucessão presidencial. Tido como salvador do DEM e “político de bastidores”, Kassab, após mostrar que é bom de voto, derrotando Marta Suplicy e Lula, na capital paulista, vai se firmando como liderança nacional. Defende como “natural” parceria entre DEM, PSDB e PMDB para 2010 e não esconde a preferência por José Serra, governador de São Paulo, como candidato a presidente, sem desqualificar Aécio Neves, governador de Minas Gerais.
A estratégia de colar a imagem de prefeito bem avaliado no candidato Kassab à reeleição foi bem sucedida, com os dois índices, de avaliação e o de votação, coincidindo nos 60%. Por outro lado, sua tática de cavar espaço junto à classe média urbana em ascensão, até pelo discurso antitaxas, deve estender-se ao DEM como um todo, incluindo a Bahia. Poderão servir de amostragem de boa gestão as prefeituras de Paulo Afonso, Feira de Santana, Euclides da Cunha e Jacobina, por exemplo, municípios dos quais o partido saiu vencedor nas eleições deste ano e que podem, como pólos regionais, exercer influência nas eleições de 2010. O atual prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, que depois de reeleito fez o sucessor Tarcisio Pimenta, e Anilton Bastos, prefeito eleito de Paulo Afonso, são considerados bons puxadores de votos no Nordeste baiano.
Bahia perde receita
O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), escolhido como um dos cinco parlamentares mais atuantes na Câmara, faz uma advertência: “A Bahia perde receita, toda a autonomia e capacidade de investimentos e vai ficar com o pires na mão. Jaques Wagner abdicou da posição de governador e deixou o assunto na mão de Brasília. Espero que essa reforma (a tributária) não passe no plenário.
O senador ACM Junior (DEM) destacou que “houve uma subserviência do governador baiano aos interesses do PT e do Governo Federal. Ressaltou que a matéria exige mais debate e não deve ser feita “a toque de caixa”. “O governo da Bahia se ausentou do debate, deveria ter tido uma postura mais proativa”, frisou. O relator Sandro Mabel (PR-GO) disse que ia tentar conseguir mais recursos para chegar até R$8 milhões o Fundo de Desenvolvimento Regional, mas o valor aprovado é irrisório”, declarou ACM Junior. Na reivindicação dos secretários da Fazenda, são necessários pelo menos R$19 milhões para este fundo.
Um comentário:
è o Blog do PFL mais descarado puta merda!
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