sábado, 19 de abril de 2008

Responder é natural

Na fase pífia hoje vivida pela Administração Regional de Paulo Afonso (APA), compatível com uma Chesf desestruturada, colhi experiência às vésperas dos 60 anos envergonhadamente comemorados. Uma experiência que será oportunamente analisada para traçar os perfis da APA, que já contou com gestões do porte da que foi a de Diana Suassuna, e da Companhia, já presidida por homens públicos da dimensão de Alves de Souza, Apolônio Sales, Amaury Menezes ou Oliveira Brito, por exemplo.
De imediato, poderia citar, a propósito, algo da lavra de Jacaré, popular orador e fervoroso partidário de Otávio Mangabeira, que ganhou a alcunha por conta de marca de cachaça de larga aceitação na época e sua preferida de todas as horas. Por caridade cristã, valho-me dessas palavras do padre Antônio Vieira, para uma possível lição de civilidade:
“É coisa tão natural o responder, que até os penhascos respondem, e para as vozes têm ecos. Pelo contrário é tão grande violência não responder, que aos que nasceram mudos fez a natureza também surdos, porque se ouvissem, e não pudessem responder, rebentariam de dor”.
Outros menos votados mereceriam a mesma reprimenda e citação, mas o meu tempo é escasso para desperdiçá-lo com naturais de Liliput, sem ofensa para essas criações do genial Jonathan Swift.
P.S. Hoje, o endereço da APA parece até deboche: Rua do Triunfo.

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