À memória de Piduca boiadeiro

Meu pai, Pedro Alexandre de Carvalho Filho, o Piduca boiadeiro, baiano de nascimento, foi sempre um apaixonado por Pernambuco, em especial por uma cidade que sempre carregou no coração: Garanhuns. Tanto quanto a terra natal, Serra Negra, batizada Pedro Alexandre, em homenagem ao seu pai, o avô que não conheci, pois falecido em 1925.
Tenho certeza que leria com orgulho de pai e de pernambucano pelo coração este comentário com que me despeço de 2007, honrando a sua memória, 27 anos depois do seu falecimento:

Momento Maravilha de Pernambuco

A escolha popular e simultânea das 7 Maravilhas de Pernambuco e do 6 de Março como sua Data Magna, comemorativa da Revolução Constitucionalista de 1817, que legou a bandeira azul e branca, flagra o clima de euforia arejado pelos bons ventos que sopram na economia pernambucana.
Tal como registra a imprensa, superlativamente, festejando “o anúncio de importantíssimos empreendimentos, do Litoral ao Sertão”. Afinal, “Pernambuco é o Estado do Nordeste que mais cresce. Com desenvolvimento também para o interior e Água Para Todos. Melhor porto público do Brasil. Posição geográfica privilegiada”.
Prefiro dar a palavra, como faria o meu pai, aos próprios pernambucanos, anunciando conquistas: As obras da Refinaria Abreu e Lima e do Estaleiro Atlântico Sul já começaram. A maior fábrica de resinas PET do mundo já está funcionando em Suape. As obras da Ferrovia Transnordestina e do Projeto de Integração do Rio São Francisco (isso nem tanto) estão em andamento. Entre investimentos públicos e privados, Pernambuco receberá um total de US$34 bilhões até 2015. Tudo isso está fazendo do Estado uma das economias mais pujantes do Nordeste, nivelando a renda per capita dos pernambucanos às dos Estados mais desenvolvidos do País. Para viabilizar esses investimentos e atrair outros, o governo está investindo firme na infra-estrutura, sobretudo no interior. Está ainda dobrando o número de vagas nos cursos profissionalizantes para que os pernambucanos tenham acesso aos novos empregos que estão sendo criados.
A palavra é do governo mas que a auto-estima do pernambucano está em alta não há dúvida. Um alto astral que se espraia pela mídia: “Sistema JC aumenta coleção de prêmios. Além de ser o jornal de maior circulação no Norte e Nordeste, o Jornal do Commercio também é o mais premiado de 2007. O veículo conquistou 25 prêmios locais, nacionais e internacionais para séries jornalísticas, reportagens especiais, fotografias e artes gráficas, mostrando que a qualidade jornalística está unida à credibilidade conquistada pelo JC.
A marca JC OnLine é referência em web jornalismo no Brasil. O prestígio não foi conquistado do dia para a noite, mas reflete trabalho contínuo desenvolvido há 10 anos com inovação e qualidade pela equipe de repórteres que integram o Portal do SJCC. O portal assegurou, em 2007, cinco premiações nacionais e uma internacional, além de ter sido finalista em mais três.
A repórter da TV Jornal Eliana Victório recebeu, em 2007, o prêmio Cristina Tavares de Jornalismo na categoria TV Reportagens com a série Onde mora a fome. Em cinco matérias veiculadas em julho de 2006 no TV Jornal meio-dia, a série aborda a questão do desperdício de alimentos no Estado.
A Rádio Jornal, com a série de reportagens O caminho da casa própria, obteve o segundo lugar no prêmio da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança”.
Só não acredito na estória de que os rios Capiberibe e Beberibe se juntam para formar o Oceano Atlântico. Nem os pernambucanos...

Quem pode, pode...

Como diz a sabedoria popular, “quem pode, pode; quem não pode se sacode”. Que a Bahia se sacuda, enquanto é tempo, para fugir da “terceirona”. Alagoas e Sergipe podem e estão se sacudindo com ações integradas de desenvolvimento no Baixo São Francisco. Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí estão embalados. A Paraíba se esforça.
Saravá, Nordeste.

Feliz Ano-Novo bissexto!

Todos desejam um ano-novo melhor do que o velho. Se brasileiro, nem se fala. Porque a esperança de o ano que chega ser melhor do que o ano que acaba, como é próprio da esperança, não morre. Pelo menos nisso, já tendo certeza de que 2008 será diferente de 2007: bissexto, no calendário gregoriano e também no judaico, uma coincidência rara. Nem se sabe quando aconteceu pela última vez.
Pelo calendário gregoriano, baseado no ciclo solar, 2008 terá 366 dias. Pelo judaico, que se rege pelo ciclo lunar, serão 383 (Ano bissexto dos nossos irmãos judeus tem mais um mês; e não apenas mais um dia).
Obrigado pela lembrança, Ancelmo Gois, e felizes 366 dias para você e sua gente de São Paulo Moleque, desculpe, Frei Paulo, cidade tão ligada à velha Serra Negra, hoje Pedro Alexandre, ela em Sergipe, esta na Bahia. Ambas merecendo 2008 melhor do que 2007. Como os visitantes deste blog.
Aos que obedecem o calendário judaico, felizes 383 dias, quem sabe com a paz no Oriente Médio.

Até breve

Para cuidar da saúde e do livro “A Crônica de Minha Aldeia”, que espero lançar em 4 de outubro, aniversário do Rio São Francisco, suspenderei por uns dias minha atividade de blogueiro.
Saudação especial à gente de Paulo Afonso, pólo dinâmico da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento da Pátria Chesf, a que estou ligado por quase 20 anos de trabalho jornalístico, de defesa exclusiva e ostensiva - jamais no anonimato - do interesse da comunidade deste pedaço do Semi-Árido.