segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Paraíso Tropical: Quem matou Taís? Brasil: Quem está matando o futuro?













A famosa fórmula do suspense policial será usada para sustentar, ou certamente aumentar, os índices de audiência da novela Paraíso Tropical. Seus autores, Gilberto Braga e Ricardo Linhares, vão criar o clima com a interrogação: "Quem matou Taís?". Já nesta quinta-feira, a gêmea má vai aparecer morta. Pistas falsas alimentarão a trama e o desfecho será gravado nos dias 26, 27 e 28 de setembro. Só na hora de gravação das cenas cada ator receberá, em separado, seu texto. Tudo para não vazar o nome do assassino.

Não sei se tenha pena ou sinta inveja dos muitos brasileiros e brasileiras, com bolsa família ou sem bolsa família, que nem estão aí para a crise de valores (nome bonito para coisa feia) que toma conta do País. E não desgrudarão os olhos da TV no horário da novela, sofrendo, discutindo, apostando, diante da grande questão nacional: quem é o assassino, quem matou Taís?

Enquanto isso, continuarão sem saber quem está matando o futuro do País.

Entre Taís e País, diferença apenas nas iniciais: T e P, ou, unindo-as invertidas, PT.

Quanto a Paraíso Tropical nem precisa inversão.

Detalhe? Pode ser. Mas detalhe do conjunto em que o Brasil virou um Palácio do Planalto (PP) a céu aberto e, naquilo que importa , ninguém viu nada, ninguém sabe de nada.

Por isso mesmo, o Brasil é o próprio Paraíso Tropical. Com a vida imitando a arte ou com a arte imitando a vida?

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