sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Assessores colocam no abrigo mandato de Raimundo Caíres

A temperatura política de Paulo Afonso, se não está alta quanto a de Brasília, atingiu graus centígrados acima da média. Isso por conta de fenômeno climático registrado nos céus da Câmara Municipal e ainda não esclarecido pelos meteorologistas. Aparelhos montados no gabinete do prefeito Raimundo Caires (foto) detectaram nuvens suspeitas e observadores mais apressados chegaram a prever tempestades, sem precisar seus efeitos imediatos. Por precaução, assessores mais próximos ao alcaide recomendaram que seu mandato fique protegido em abrigo seguro contra raios, embora em agosto não haja trovões e relâmpagos propriamente ditos. Apenas os institucionais.

Se o céu fosse de brigadeiro, nenhuma inquietação seria gerada por emenda à Lei Orgânica do Município de Paulo Afonso que permite punição do prefeito com afastamento do cargo, em caso de desvio de conduta política e/ou administrativa. E se aprovado por 2/3 dos vereadores.

As leis orgânicas, no âmbito dos municípios, as constituições estaduais e a Carta Magna contêm o mesmo dispositivo que só agora, e com atraso, a LO de Paulo Afonso deverá incorporar. Foi com base nessa prerrogativa do Congresso que os deputados e senadores puniram Fernando Collor com o impeachment.

Mas, em Paulo Afonso, no momento, o céu não é de brigadeiro, nem os lagos estão para peixe (Neste caso, literalmente). As complicações atmosféricas começam pelo difícil relacionamento Executivo x Legislativo. O aquecimento municipal limitou a dois (dos 11) vereadores o número dos alinhados com o situacionismo.

Na sessão da última terça-feira, na Câmara Municipal, a emenda que dá poderes aos vereadores para afastar o prefeito foi aprovada com nove votos a favor. Confirmou-se tendência observada quando três dezenas de vetos do prefeito caíram por goleadas. Pelo interstício obrigatório, a segunda e definitiva votação ocorrerá no dia 4 de setembro.

Nesse meio tempo, as atenções dos pauloafonsinos ficarão divididas entre o que vai acontecer na Câmara Municipal e o que vai acontecer com os mensaleiros e o presidente do Senado, Renan Calheiros, que deixou a vaca ir para o brejo, e a amante, quase quarentona, posar pelada para a Playboy e ainda escrever livro sobre os “bastidores” do Congresso Nacional.












Ah! internauta. Que falta estão fazendo para o Brasil Machado de Assis e Nelson Rodrigues...

Um comentário:

ANÍBAL NUNES disse...

Pleno êxito amigo Clementino. A Integração vai longe.