INTEGRAÇÃO

A pergunta que ficou sem resposta

Em 28 de novembro de 2003, enviei carta ao então presidente da Associação dos Prefeitos do Sertão Baiano, Paulo de Deus, solicitando opinião sobre a idéia de criação da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento, a partir do eixo Paulo Afonso/Canindé do São Francisco. Não tive resposta. Aliás, responder não faz parte do código de vida do ex-prefeito de Paulo Afonso.

O teor da carta é o seguinte:

"Canindé do São Francisco, 28 de novembro de 2003.


Ao Senhor Presidente da Associação dos Prefeitos do Sertão Baiano,
Paulo Barbosa de Deus, prefeito de Paulo Afonso.


Senhor Presidente,

Tinha programado para hoje, data da 19ª Reunião da APSB, a publicação, em A Tarde, de artigo-reportagem com sugestão ao Governo Federal de criar a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento (Ride) do Eixo Paulo Afonso/Canindé do São Francisco, procedimento observado quanto a Juazeiro/Petrolina, conforme prevê a Constituição da Republica Federativa do Brasil.

Optei por adiar esta proposta ao jornal, a fim de ouvir antes a opinião das lideranças e comunidades diretamente envolvidas, principalmente os prefeitos.

É universalmente reconhecido o papel das cidades dinamizadoras como âncoras para o desenvolvimento das áreas urbanas e rurais localizadas no seu raio de influência. Paulo Afonso e Canindé do São Francisco estão neste caso, como centros que poderão vir a impulsionar o conjunto de municípios da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, vinculados às usinas da CHESF.

A Ride contribuirá para o fortalecimento regional de infra-estrutura e de serviços públicos, com ênfase na melhoria da malha rodoviária e do sistema de saúde, tendo o Hospital Nair Alves de Souza como referencial, e na ampliação da pesquisa e do ensino superior, a partir do Instituto Xingó, já existente e em atividade, e da Universidade Federal do Sertão, a ser criada, se houver efetiva mobilização política e comunitária junto à Presidência da República e ao Congresso Nacional.

Devo lembrar que a Ride poderá ser a institucionalização ampliada do Protocolo de Cooperação firmado, em novembro de 1996, entre a CHESF e o Banco do Nordeste. Foram, então definidas” as bases gerais de programas de ação integrada”, e previstas parcerias entre as duas instituições, para fortalecer e modernizar a agropecuária, a aqüicultura, o turismo e as micro, pequenas e médias empresas agroindustriais localizadas entre Itaparica e Xingó (Protocolo Guarda-Chuva; deveria beneficiar 27 municípios da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe).


Cordialmente,

Clementino Heitor de Carvalho."