terça-feira, 17 de março de 2009

O exemplo de Pernambuco e o apagão da Bahia

Pernambuco sobe(com Dudu); Bahia cai(com Wagner)

No artigo Choque de gestão contra a crise, citei a primeira-dama Fátima Mendonça, a propósito de entrevista a Muito, manifestando sua inconformidade com ocupantes de cargos no governo baiano, que após dois anos de inação, deviam demitir-se, para darem lugar a outros. E também sugerindo a Jaques Wagner “ações mais fortes”, que defini como contrato de gestão sem papel passado: resultados ou rua.

Após dois meses e meio, a sugestão de dona Fátima começa a ser acatada. Ainda bem. A simples leitura dos jornais mostra a Bahia á beira de um apagão geral, com notícias sobre a romaria de baianos da região de Paulo Afonso em busca de atendimento nos hospitais de Sergipe. Na área de saúde, não resisto ao trocadilho de que a dengue caiu de solla na Bahia, escoltada pela meningite.

Quanto à (in)segurança publica, os índices ascendentes da criminalidade nos seus diversos feitios têm muito a ver com as 132 delegacias de polícia sem titulares e com as prisões no Alto Comando da Policia Militar, divulgadas com manchetes inimagináveis: “Escuta legal mostra que coronel (ex comandante da PM) cobrava propinas.”

O claro declínio

No seu editorial o claro declínio, A Tarde comenta dados do IBGE, indicativos de que “a produção de bens e serviços na Bahia, o PIB do Estado, completou um triênio de resultados abaixo do PIB nacional, ... culminando com os desastrosos 7% negativos de 2008”. Sem esquecer que as exportações baianas caíram em fevereiro 19,5%, se comparadas com o mesmo período do ano passado.

Na política, a mediocridade se repete, girando ainda em torno do carlismo (ou de suas lembranças) e das futricas entre PT e PMDB, Se os mortos riem, ACM deve estar dando boas risadas. Ou mesmo gargalhadas, diante das bravatas de quem, mesmo sob tortura, não aceitaria Paulo Souto no ninho tucano, e prepara o vôo para outro mais quente (de poder). Mas optou pelo virtuoso Paulo Maluf, na disputa presidencial deste com Tancredo Neves. Lembram-se?

Interiorizando o desenvolvimento

Quanto a Pernambuco, o governador Eduardo Campos comemora “um momento positivo da economia brasileira e um momento excepcional da economia pernambucana”. E não é bravata; já no primeiro ano de mandato, viabilizou empreendimentos nos quais serão investidos, pela iniciativa privada, cerca de R$ 20 bilhões. Entre as obras em andamento, uma refinaria, um estaleiro, dois frigoríficos e até uma fabrica de vacinas. Meta final: mudar o perfil econômico de Pernambuco, ampliando a indústria de transformação e interiorizar o desenvolvimento.

Tucanos congelam divergências

Aécio e Serra acertam o passo contra Dilma e o PT.

Pernambuco está dando as cartas também na política. O senador Jarbas Vasconcelos levantou a bandeira da luta contra a corrupção e foi em Recife que os tucanos juntaram os presidenciáveis José Serra e Aécio Neves para iniciarem a ofensiva contra o PT e a candidatura Dilma Rousseff.

O nordeste da Bahia espera que o novo secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, assegure à região o tratamento igualitário que nunca recebeu dos governantes estaduais e contenha o declínio do Estado.

(Leia este comentário em A Tarde)

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