
Esta regra é geral: os desvios de verbas são proporcionais ao abandono e atraso dos municípios governados por prefeitos inidôneos.
Atualmente, vivo entre Paulo Afonso e Pedro Alexandre. Este, a antiga povoação de Serra Negra, depois distrito de Voturuna, emancipado, em 1962, do município de Jeremoabo.
Caminhando para meio século, o município de Pedro Alexandre não tem linha regular de ônibus; ou um metro sequer de asfalto; o matadouro foi desmontado (o abate de animais é feito no povoado de Santa Rosa do Ermírio, município de Poço Redondo, Sergipe); o único clube social da cidade foi destruído; o grupo escolar, construído pelo governo federal, quando presidente o marechal Eurico Gaspar Dutra, foi transformado em quartos residenciais e a placa de inauguração, destruída ou escondida; o prédio da maternidade foi abandonado; o hospital continua em construção; o ambulatório fica sem medico a maior parte do tempo; e os doentes são mandados para Itabaiana ou Aracaju, em Sergipe; os Correios funcionam num cubículo e o prédio alugado para a Agência Postal, há cinco anos, continua fechado; água encanada continua como promessa da Embasa; quem mata, rouba, furta ou caloteia fica impune, blindado pela confraria que tem o apoio de políticos.
A Comarca de Jeremoabo, que deveria funcionar com quatro juízes, só conta com um juiz, para atender também municípios problemáticos como Pedro Alexandre, Coronel João Sá e Sitio do Quinto. A situação tende a agravar-se, neste ano de eleições. Vale lembrar que todos os prefeitos estão respondendo a processos e no vai-e-vem de afastamentos e reconduções aos cargos pela Justiça.
Este é um exemplo. Outros virão, se Deus me proteger e a Justiça responder: Presente.
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