segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Alves de Souza, o carioca que deu uma lição aos baianos sobre Paulo Afonso e Região (2)

“Tal desenvolvimento, entretanto, deverá ser cuidadosamente estudado, principalmente pelos poderes públicos que, em conseqüência de tais estudos, deverão tomar as providências de sua alçada, que propiciem e fomentem a ação da iniciativa privada nos vários setores das atividades econômicas que poderão ser criadas e desenvolvidas na região. Afigura-se-me que a região próxima de Paulo Afonso poderá ser a sede de importantes indústrias eletro -químicas e eletro-metalúrgicas, desde que sejam criadas vias de transporte eficientes ligando o litoral, principalmente os portos, àquela localidade.
A energia em Paulo Afonso e em sua circunvizinhança será de preço muito baixo, visto como não estará incluída nêsse preço a remuneração do vultoso capital representado por linhas de transmissão extensas e de voltagem elevada.
Nas proximidades de Paulo Afonso, principalmente se os Govêrnos dos Estados da Bahia, de Alagoas, de Sergipe e de Pernambuco reservarem terrenos devolutos ou terrenos que desapropriarem para destiná-los, por preço módico ou gratuitamente, às atividades econômicas que ali quiserem se estabelecer, haverá muitas condições favoráveis à fixação daquelas indústrias: água abundante e boa, terrenos baratos, energia elétrica barata, mão de obra abundante e que, pelas características das pessoas que a compõem se adapta rápida e facilmente a trabalhos especializados e difíceis, clima saudável e não desagradável, embora quente.Aliando-se a essas condições, a região dispõe de recursos naturais, tanto de origem animal, como de origem vegetal e de origem mineral, que poderão ser industrializadas ali” (Transcrito da monografia Paulo Afonso, capitulo XII, de Antônio José Alves de Souza, primeiro presidente da Chesf).

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