
Após 35 horas e cinco dias de sessões presididas pela ministra Ellen Gracie (foto), o STF concluiu a lista dos réus, encabeçada pelos petistas José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e Sílvio Pereira, acusados de formar uma quadrilha que distribuiu pelo menos R$ 55 milhões entre aliados em troca de apoio ao governo do presidente Lula.
À exceção de Sílvio Pereira, o “núcleo político” responderá também pela suposta prática de corrupção ativa. O STF ainda abriu processo contra o “núcleo financeiro e publicitário” da “organização criminosa”, composta pelo empresário Marcos Valério, três sócios dele e quatro dirigentes do Banco Rural. Todos respondem por formação de quadrilha.
Este grupo teria distribuído o dinheiro do esquema a políticos: os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ), que trouxe a público o escândalo, Pedro Correa (PP-PE), José Jatene (PP-PR), José Borba (PMDB-PR) e os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT). Esses parlamentares e ex-parlamentares compõem a relação de réus, bem como Luiz Gushiken e Anderson Adauto, dois ex-ministros do governo Lula.
O publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes foram os últimos dos 40 acusados e responderão por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O relator Joaquim Barbosa disse que caberá ao Ministério Público “robustecer” as provas contra os acusados na instrução penal e não quis prever quanto tempo levará para que os 40 réus sejam julgados.

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