sexta-feira, 31 de agosto de 2007

FHC: Governo Lula está no banco dos réus
Lula: Agora, não tem inocente nem culpado
Procurador: Novas provas serão apresentadas

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não tem dúvida: o processo criminal contra os 40 do mensalão colocam o governo Lula nos banco dos réus.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma certeza: até agora ninguém foi inocentado e ninguém foi culpado.

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, disse que espera a condenação de todos os 40 réus do mensalão e que novas provas serão encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

FHC

“Tem personalidades importantes do governo dele (Lula) e, mais grave ainda, dois ex-presidentes do PT. Não é uma coisa banal”, disse FHC, destacando:

- O procurador (Antônio Fernando de Souza) denunciou, e o tribunal aceitou, uma organização criminosa, que estava incrustada e usou dinheiro público, não só privado. São coisas muito graves. Não adianta o presidente fazer de conta que não é com ele, é com ele sim. Como diz o tribunal, não é uma pessoa, é uma organização, centrada nos dirigentes do partido e alguns deles ao lado do presidente da República.

- “É dose” o fato de três ex-ministros de Lula terem sido incluídos no mensalão: Anderson Adauto, dos Transportes; Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação de Governo; e José Dirceu, da Casa Civil.

- “Não é que respinga (em Lula), é diretamente. Esse é o núcleo do governo, até muito recentemente. E continua sendo gente muito influente. È dose ou não é? O mensalão atrapalha a crença na democracia.

- Fiquei muito chocado com o trecho do voto do ministro relator, Joaquim Barbosa, durante o julgamento do Supremo: “Aquele episódio da compra do PL, para apoiar o presidente Lula é muito chocante. O presidente Lula estava na sala ao lado!”.

Lula

- “Agora, começa o processo de cada advogado fazer a defesa do seu paciente (sic), e o processo vai entrar numa rotina normal”.

- “Eles tentaram, na verdade, me atingir, e 61% do povo deu a reposta na eleição do ano passado”.

Procurador-geral da República

- Entre as novas provas, está uma perícia que prova o uso do dinheiro público do fundo Visanet. Está bem detalhado o trânsito, a circulação do dinheiro, a sua origem e o seu final, quanto a pagamentos feitos à DNA, do empresário Marcos Valério, com recursos da cota do Banco do Brasil, no fundo Visanet, no valor de R$ 73,8 milhões.

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