
Paulo Afonso - A notícia que foi aprovado o edital para a liberação de R$62 milhões, a serem investidos em estradas baianas, foi recebida com indiferença pelos poucos que dela tomaram conhecimento, apesar de envolver três BRs que atravessam o Norte da Bahia: a 110, ligação de Salvador com Paulo Afonso; a 410, entre Tucano e Ribeira do Pombal; e a 235, Aracaju-Juazeiro, passando por Coronel João Sá, Pedro Alexandre, Jeremoabo, dentre outros municípios baianos.
É possível que essa indiferença, provocada por decepções sucessivas, seja quebrada pelo evento do último domingo, em Antas, terra natal do deputado Marcelo Nilo (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa. Ali, o governador Jacques Wagner (PT) assinou ordem de serviço para o reinicio das obras na BR 110, no trecho baiano. Espera-se que o governador se disponha agora a incluir nas metas rodoviárias de sua gestão as BAs 220 (Cícero Dantas-Paripiranga), 210 (Paulo Afonso-Glória-Barra do Tarrachil-Rodelas-Abaré) e 305 (interligação das BRs 110 e 235 e ligação Pedro Alexandre-Santa Brígida).
Só tapa-buraco
As obras para melhoria de estradas têm sido marcadas na região, pela pouca durabilidade dos seus efeitos, não passando os serviços, quase sempre, de simples operações tapa-buracos, que não tiram da paisagem as crianças jogando pás de barro, onde a buraqueira insiste em reaparecer, na esperança de uns trocados dos motoristas mais generosos. Há consenso na constatação de que o Nordeste brasileiro não decola para o crescimento por conta, dentre outros fatores, da péssima qualidade de suas estradas.
Dentre outros exemplos, Paulo Afonso perdeu, na gestão do governador César Borges, a fábrica de cerveja da Schincariol porque a direção da cervejaria de Itu (SP) não foi atendida no pedido para que, pelo menos a BR 110 fosse recuperada. Ponto para Alagoinhas, que terminou sediando a Schin. Mas os efeitos negativos das deficiências não se restringem ao econômico, prejudicando diretamente o turismo. Os riscos da BR 110, sempre esburacada, sem acostamentos, com curvas perigosas no segmento Jeremoabo-Paulo Afonso, provocaram acidentes com muitas mortes. Uma das manifestações de protesto que mais repercutiu aconteceu no dia 25 de novembro de 1999 e ficou conhecida como O Grito da Vida na Curva da Morte, na Baboseira, ponte sobre o riacho do mesmo nome, onde foram colocadas cruzes relembrando as mortes de mais de sessenta vítimas. Só depois disso, a área foi sinalizada.
É possível que essa indiferença, provocada por decepções sucessivas, seja quebrada pelo evento do último domingo, em Antas, terra natal do deputado Marcelo Nilo (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa. Ali, o governador Jacques Wagner (PT) assinou ordem de serviço para o reinicio das obras na BR 110, no trecho baiano. Espera-se que o governador se disponha agora a incluir nas metas rodoviárias de sua gestão as BAs 220 (Cícero Dantas-Paripiranga), 210 (Paulo Afonso-Glória-Barra do Tarrachil-Rodelas-Abaré) e 305 (interligação das BRs 110 e 235 e ligação Pedro Alexandre-Santa Brígida).
Só tapa-buraco
As obras para melhoria de estradas têm sido marcadas na região, pela pouca durabilidade dos seus efeitos, não passando os serviços, quase sempre, de simples operações tapa-buracos, que não tiram da paisagem as crianças jogando pás de barro, onde a buraqueira insiste em reaparecer, na esperança de uns trocados dos motoristas mais generosos. Há consenso na constatação de que o Nordeste brasileiro não decola para o crescimento por conta, dentre outros fatores, da péssima qualidade de suas estradas.
Dentre outros exemplos, Paulo Afonso perdeu, na gestão do governador César Borges, a fábrica de cerveja da Schincariol porque a direção da cervejaria de Itu (SP) não foi atendida no pedido para que, pelo menos a BR 110 fosse recuperada. Ponto para Alagoinhas, que terminou sediando a Schin. Mas os efeitos negativos das deficiências não se restringem ao econômico, prejudicando diretamente o turismo. Os riscos da BR 110, sempre esburacada, sem acostamentos, com curvas perigosas no segmento Jeremoabo-Paulo Afonso, provocaram acidentes com muitas mortes. Uma das manifestações de protesto que mais repercutiu aconteceu no dia 25 de novembro de 1999 e ficou conhecida como O Grito da Vida na Curva da Morte, na Baboseira, ponte sobre o riacho do mesmo nome, onde foram colocadas cruzes relembrando as mortes de mais de sessenta vítimas. Só depois disso, a área foi sinalizada.
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