quarta-feira, 25 de julho de 2007

A retomada do jornalismo pelos caminhos da internet

Entrei no jornalismo meio que por acaso. Vim para Salvador, após Licenciatura em Letras Neolatinas pela Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Fui aluno de Anísio Teixeira, então titular da cadeira de Administração Escolar, e meu objetivo era me dedicar à educação rural. Devido a contratempos, decidi trabalhar provisoriamente em jornal, para obter meu primeiro emprego. E o provisório se tornou definitivo.

Mas um definitivo entrecortado de pausas. Em 1960, Jornal da Bahia. A partir de 1961, Diário de Notícias, onde fiquei até 1970, e, depois, por alguns meses, em 1978. Seguiu-se A Tarde, primeiro até 1979 e, mais adiante, de 1991 a 2004. Por minha iniciativa, apenas a decisão de sair do JBa, com pedido de dispensa de aviso prévio.

Cada uma das interrupções tem a sua história. Pretendo contá-las, como se estivesse recompondo o cenário de O Ateneu, romance de Raul Pompéia, e as personagens que nele se movem, transferindo-as para a redação que resume as redações dos três jornais. Tenho apenas pequenas dúvidas. Uma, sobre se incluo episódio pornô. Outra, sobre quem vai encarnar Aristarco.

Este blog nada tem a ver com isso. Exceto ser a retomada possível do jornalismo pelo “fiat lux” da internet.

Se muito caminhei, não atingi o ponto de chegada e dois objetivos. O primeiro, mais imediato, concluir a reportagem sobre o pedaço de sertão que mais palmilhei e sonho ver integrado e sem fronteiras entre Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Todo ele unido pelo compromisso de um desenvolvimento de mãos dadas e no gesto de um abraço, no reino mágico da Cachoeira de Paulo Afonso.

O segundo, o de projetar o roteiro internético de “A Crônica de Minha Aldeia”, o livro-desafio de vida e mensagem de esperança no futuro, transmitida a humanidade, nessa era de dimensão planetária, através dos meus netos Victor, Luisa e Júlia.

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