quarta-feira, 25 de junho de 2008

Fascismo, a mentira como estratégia

No plano individual a mentira jamais é gratuita. Mas pode acontecer que ela se torne um hábito e aí qualquer pretexto a dispara. No plano coletivo, não é diferente. Apenas o que é hábito se faz norma, às vezes até transformada em lei.

O pintor Emeric Marcier (1916-1990), em 1º de novembro de 1987, concedeu entrevista de página inteira a Regina Guerra, publicada no segundo caderno de O Globo. Nela, fez uma revelação:

-Nunca fui político, nunca fiz política. Mas sempre tive um faro especial para detectar o fascismo. E descobri que sua característica essencial é a mentira. Quando Hitler ou Mussolini queriam provocar um comportamento nas massas, criavam uma mentira que, batida e rebatida, tornava-se “verdade”. Assim nos levaram à guerra. A verdade liberta. A mentira oprime. Sendo o fascismo essencialmente mentiroso, tanto em política quanto em estética, a falsidade é assimilada pela Nação, que se torna, toda ela, artificial e promocional.

Qualquer semelhança com o Brasil de hoje não é mera coincidência.

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