Fórum reabre discussões sobre redução das desigualdades no Nordeste

O VII Fórum dos Governadores do Nordeste, realizado hoje em Maceió, marcou a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o reinicio das discussões sobre “a redução sistemática das desigualdades socioeconômicas”, “o desenvolvimento integrado e sustentável” e “a promoção dos direitos essenciais do nordestino”.
Os governadores consideraram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Reforma Tributária e a volta da Sudene como o “novo cenário de desenvolvimento regional com amplitude federativa”. E ressaltaram que o governo Lula “tem participação decisiva na busca pela integração do Nordeste na dinâmica do desenvolvimento nacional”.

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Lula comanda primeira reunião do Conselho Deliberativo da Sudene

A posse dos 31 membros do Conselho Deliberativo da Sudene marcou o encerramento das atividades do VII Fórum dos Governadores do Nordeste, ocorrido nesta quarta-feira, em Maceió. O Conselho tem nove ministros e é composto ainda pelos nove governadores da região, superintendente da Sudene, presidente do Banco do Nordeste e prefeitos e representantes do setor empresarial.
Como principal função, o Conselho vai tratar das estratégias e da articulação de políticas que promovam o desenvolvimento sustentável, missão proposta pela própria Sudene, além de articular instrumentos importantes como o FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste), além de linhas de financiamentos.
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, destacou a importância da instalação do Conselho da Sudene: “Certamente, nenhum outro encontro tem o significado maior que este de Alagoas. Aqui estamos fazendo história, neste ato de retomada da Sudene”.
Geddel destacou que a posse do conselho traz um motivo muito mais amplo para a região nordestina, que é a volta da discussão de uma política que combata as diferenças regionais. “O Nordeste brasileiro continua merecendo tratamento diferenciado. Sem sombra de dúvidas, é uma dívida que o Brasil tem com a região, em fazer com que ela tenha condições de se desenvolver”, destacou o ministro.
O superintendente da Sudene, Paulo Fontana, mostrou o quadro atual da autarquia, que dá início às suas primeiras atividades sem ter em pleno funcionamento o prédio-sede, localizado em Recife, que ainda passa por reformas, além de trabalhar com uma pequena equipe.
Mesmo com alguns obstáculos, o superintendente contabilizou a aprovação de alguns projetos como do Porcellanati Revestimentos Cerâmicos Ltda, no Rio Grande do Norte, e outro que beneficia o Estado do Ceará. “Estaremos incentivando mais de 300 empresas”. Fontana se comprometeu com o presidente Lula a mostrar resultados da atuação da Sudene em breve.
“O Nordeste vive aqui um momento de esperança”, disse o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, chamando a atenção dos outros governadores: “Cabe a cada um de nós fazer que esta região, abandonada, apresse o passo para vencer o abismo que nos separa de outras regiões. Acredito que esta reunião em Alagoas seja mais do que mera formalidade. Acredito que hoje se empunha a bandeira da coragem e do compromisso em defesa do Nordeste e do povo”.
Finalizando o seu discurso, o presidente Lula afirmou que a Sudene jamais poderia ter sido extinta. “Com a experiência de erros e acertos, que a nova Sudene faça cumprir a finalidade para a qual ela está sendo criada, que é o desenvolvimento regional, hoje tão desigual” (Fonte – Política Real).