quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Integração, Sim. Racismo, Não.

Coelba causa “curto circuito” étnico

Texto de Juracy dos Anjos, com o titulo Publicidade de fundo racista gera polêmica (A Tarde, 2/10/2007), informa: “uma peça publicitária em formato de quadrinhos veiculada na fatura deste mês da Coelba, contra o “gato de energia”, está sendo questionada por lideranças negras de Salvador, que a consideram racista. Com titulo A Coelba apresenta gatos e gatos, a tirinha do cartunista Luiz Augusto coloca o único personagem negro da historia ‘em uma posição negativa’, segundo Jocélio Teles, diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao-Ufba). Em uma carta publicada anteontem na coluna Espaço do Leitor, de A Tarde, ele diz que “é para ficarmos pasmos e estarrecidos... com o conteúdo preconceituoso”.

A história em quadrinhos é narrada por duas crianças de fenótipo branco que são avisadas por uma outra loura que o vizinho delas - um menino negro em cima de uma escada, ao lado de sua casa - estava fazendo “gato de energia”. A história deixa claro que o vizinho negro só desistiu da ação ilegal depois que a criança loura o alertou sobre os riscos e que “gato é crime sério”, previsto no Código Penal Brasileiro, Conforme análise de Teles, ‘o texto termina com uma associação de gato com beleza, aludindo-a a uma criança branca”.

Esclarecimentos

A gestora de marketing da Coelba, Taís Abreu, diz que “em nenhum momento a Coelba teve a intenção de divulgar qualquer conteúdo discriminatório”. Mas pede desculpa “se nossa peça publicitária gerou tal interpretação entre alguns leitores”.

O cartunista também fez sua defesa afirmando que cometeu um erro de pintar personagem não identificado de negro. E lamenta que “nunca qualquer outro brasileiro que se apresenta como ‘negro’ no nosso País mestiço veio a publico comentar como as crianças ‘negras’ do Fala Menino! (Winnie, Martin, Gulga, Edinho...) são representadas com o mesmo carinho”.

“O Fala Menino! é um trabalho que faz um dialogo com a infância”, lembra Luiz Augusto.
Em tempo, a turma de Augusto, parceira do UNICEF, já foi premiada no primeiro Prêmio Ibero-americano de Comunicação pelos Direitos das Crianças.

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