
Voltei, neste último fim de semana, a Raul Pompéia, para revisitar O Ateneu, sua obra prima. Autobiográfico, o livro contém narrativa forte do incêndio que destruiu o edifício do internato dirigido por Aristarco.
No parágrafo que registra a precariedade do “trabalho das bombas”, no Rio de Janeiro do seu tempo, pincei frase que tem muito a ver, devidamente transposta, com o momento nacional: “ Os incêndios acabavam de cansaço”.
No Brasil de hoje, o “trabalho das bombas” não funciona mesmo. E os escândalos acabam de cansaço. O fogo é variado e as chamas que devoram o edifício das instituições do país, idem. Os exemplos ficam ao gosto do internauta.
Deputado tentando matar deputado; senador (antes de renunciar) justificando R$ 2,2 milhões por R$ 300 mil da compra de bezerra; mensalões e mensalinhos; sanguessugas; troca-troca de partidos, para permanência na chapa branca, passaporte para todas as comilanças; presidente do Senado (e do Congresso) respondendo a acusações de amizade produtiva com lobista intermediário em relações extraconjugais, gado milionário, socorro a cervejaria, laranjal de meios de comunicação...
Asfixiada por tanta sujeira, a opinião pública, coitada, mal pode respirar, quando a crise dá até em apagão aéreo, mas não pode morrer de cansaço como os escândalos. Antes, fortalecer-se com a vitamina da cidadania, para forçar o confinamento e a condenação dos corruptos de todos os naipes, a começar pelos locais, até porque a justiça começa de casa.
Só faltava essa...
José Mutti Leite de Almeida e Marinete de Jesus Vieira, funcionários da Prefeitura Municipal de Pedro Alexandre (antiga Serra Negra), após muitos anos de trabalho máximo e salário mínimo, resolveram requerer aposentadoria ao INSS. Mas foram surpreendidos com a informação, transmitida pela Agência Regional da Previdência em Paulo Afonso, de pertencerem à Assessoria Parlamentar da Câmara Municipal de Aracaju, ganhando salários em torno de R$ 5 mil, desde 7 de Julho de 1999.
Aguardando, há dois anos, o recebimento do benefício, José Mutti e Marinete denunciaram a fraude ao Ministério Público Federal e vão ajuizar ações para indenização por danos morais e financeiros contra quem seja apontado como responsável.
Pelo menos nisso, Pedro Alexandre (foto aerea) está marchando de passo certo com o País. E apenas nisso...
No parágrafo que registra a precariedade do “trabalho das bombas”, no Rio de Janeiro do seu tempo, pincei frase que tem muito a ver, devidamente transposta, com o momento nacional: “ Os incêndios acabavam de cansaço”.
No Brasil de hoje, o “trabalho das bombas” não funciona mesmo. E os escândalos acabam de cansaço. O fogo é variado e as chamas que devoram o edifício das instituições do país, idem. Os exemplos ficam ao gosto do internauta.
Deputado tentando matar deputado; senador (antes de renunciar) justificando R$ 2,2 milhões por R$ 300 mil da compra de bezerra; mensalões e mensalinhos; sanguessugas; troca-troca de partidos, para permanência na chapa branca, passaporte para todas as comilanças; presidente do Senado (e do Congresso) respondendo a acusações de amizade produtiva com lobista intermediário em relações extraconjugais, gado milionário, socorro a cervejaria, laranjal de meios de comunicação...
Asfixiada por tanta sujeira, a opinião pública, coitada, mal pode respirar, quando a crise dá até em apagão aéreo, mas não pode morrer de cansaço como os escândalos. Antes, fortalecer-se com a vitamina da cidadania, para forçar o confinamento e a condenação dos corruptos de todos os naipes, a começar pelos locais, até porque a justiça começa de casa.
Só faltava essa...
José Mutti Leite de Almeida e Marinete de Jesus Vieira, funcionários da Prefeitura Municipal de Pedro Alexandre (antiga Serra Negra), após muitos anos de trabalho máximo e salário mínimo, resolveram requerer aposentadoria ao INSS. Mas foram surpreendidos com a informação, transmitida pela Agência Regional da Previdência em Paulo Afonso, de pertencerem à Assessoria Parlamentar da Câmara Municipal de Aracaju, ganhando salários em torno de R$ 5 mil, desde 7 de Julho de 1999.
Aguardando, há dois anos, o recebimento do benefício, José Mutti e Marinete denunciaram a fraude ao Ministério Público Federal e vão ajuizar ações para indenização por danos morais e financeiros contra quem seja apontado como responsável.

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